a4004ef4 5a5a 4e2e 8b8d 212b77c9f535

Em meio à explosão de casos de dengue, o estado de São Paulo pode enfrentar dificuldades no combate à doença por causa da falta de pesquisas. O cenário é um reflexo do fim da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), responsável por muitos desses estudos.

Segundo a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), desde que o órgão deixou de existir, 14 laboratórios deixaram de estar vinculados a uma instituição, o que impede a compra de materiais e manutenção de estruturas fundamentais para o trabalho dos pesquisadores.

Como consequência, ficaram em estado de abandono e as pesquisas sobre endemias ficaram impossibilitadas. O caso, inclusive, foi denunciado ao Ministério Público e um procedimento foi instaurado.

Questionado sobre o assunto, o Governo do Estado negou a falta de manutenção relatada pela APqC e afirmou que as atividades regionais da Sucen estão vinculadas aos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) e Grupo de Vigilância Sanitária (CVS).

Extinção da Sucen

Em entrevista, presidente da APqC, que tem sede em Campinas (SP), Helena Dutra Lutgens deu detalhes sobre a situação e como isso pode impactar o combate à doença. Ela explica que a Sucen foi criada há mais de 50 anos e, como o próprio nome diz, surgiu com a intenção de controlar doenças endêmicas. “Na época, a malária matava muito, especialmente no interior. Ela passou a ter um papel de fazer o controle direto de endemias em alguns municípios, no caso da dengue, mas também de pesquisar as doenças”.

Além de apoiar cidades maiores, os estudos também contribuíam para a criação de políticas públicas estaduais. Porém, em outubro de 2020, o governador João Doria sancionou a lei 17.293, que determinava extinção da Superintendência. O texto foi efetivado por meio de um decreto de Rodrigo Garcia em abril de 2022 e, desde então:

Compartilhar: