frutos do mar

A gastronomia sustentável é relevante por oferecer benefícios ao ser adotada pela culinária. O Instituto de Pesca (IP-APTA) apoia e destaca a importância de todos praticarem uma alimentação saudável, conscientizando-se de atitudes responsáveis, que valorizem a biodiversidade e preservem o meio ambiente.

Para tratar do assunto, o Instituto de Pesca conversou com pesquisadoras especialistas, que trazem considerações importantes, ao destacar o Dia da Gastronomia Sustentável, em 18 de junho.

“Com consumidores cada vez mais exigentes e conscientes, a gastronomia tem se reformulado e se diferenciado no quesito de sustentabilidade. A gastronomia sustentável dá preferência a alimentos naturais buscando a redução no desperdício de alimentos; diminuição na geração de resíduos; proteção de espécies em perigo de extinção e a valorização da agricultura familiar e pecuária sustentável”, explica Jéssica Levy, pesquisadora e nutricionista da Universidade de São Paulo e pós-doc atuante do Núcleo Pescado para Saúde, do qual o Instituto de Pesca é correalizador, junto ao Instituto de Oceanografia da USP.

Como todos os ingredientes, o pescado (peixes, camarão, lula, polvo, caranguejo etc.), de acordo com a gastronomia sustentável, deve ser selecionado preferencialmente de forma a respeitar a região e a cultura local, com cultivo ou extração respeitosa ao meio ambiente e à época correta de captura e, no preparo, optar por técnicas e receitas de aproveitamento integral. “O Núcleo Pescado para Saúde, além de tratar deste assunto por meio de divulgação e comunicação científica, disponibiliza diversas receitas sustentáveis com pescado e, também, aborda as espécies e questões atreladas ao cultivo e à extração”, diz a especialista.

Gastronomia e Pesca Sustentáveis

A gastronomia sustentável traz benefícios ambientais, econômicos e sociais para todos os envolvidos, pois a opção de utilizar alimentos regionais, orgânicos e de agricultura familiar e pecuária/pesca/cultivo sustentável tem um impacto ambiental menor se comparado ao sistema de produção de alimentos padrão. Além de diminuir o desperdício e a geração de resíduos, com a utilização integral e o reaproveitamento de recursos naturais, o que gera economia, seja para empresas, restaurantes, profissionais e consumidores.

Segundo um documento da FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, que trata das Diretrizes Voluntárias para Garantir a Pesca de Pequena Escala Sustentável no Contexto da Segurança Alimentar e da Erradicação da Pobreza: ”o consumo consciente pode contribuir para os esforços globais e nacionais para a erradicação da fome e da pobreza e promover o desenvolvimento mais sustentável”.

Para Erika Fabiane Furlan, pesquisadora do IP e especialista em áreas como desenvolvimento e valorização de produtos de pesca e aquicultura; processamento e aproveitamento integral do pescado; qualidade, segurança alimentar e nutricional do pescado, “a Gastronomia pode ter um papel interessante para a promoção da pesca sustentável e equitativa já que exerce papel importante na valorização de produtos locais e/ou regionais; tendo em vista que na pesca de pequena escala, praticada por pescadores(as) artesanais, o produto de sua captura é destinado, em grande parcela, para consumo humano local e regional, tendo grande importância socioeconômica, por meio de estabelecimento de emprego e renda às diversas comunidades ribeirinhas e aquelas que vivem nas proximidades de reservatórios”.

Fonte: Instituto de Pesca

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