Instituto Butantan convida voluntários para participarem dos testes da ButanVac em diferentes estados
O Instituto Butantan está em busca de voluntários para o ensaio clínico de fase 2/3 da ButanVac, a vacina contra a Covid-19 que será produzida 100% no Brasil. Para participar, o candidato deve ter mais de 18 anos e já ter recebido quatro doses de qualquer imunizante monovalente contra a Covid-19, além de ter condições médicas estáveis – isto é, ser considerado saudável ou com comorbidades estáveis. A última dose precisa ter sido recebida de quatro até oito meses antes da participação na pesquisa.
A fase 1 dos estudos conduzidos no Butantan foi concluída em fevereiro de 2022 e os resultados iniciais mostraram que a vacina é segura e imunogênica, isto é, induz produção de anticorpos contra a Covid-19.
“O objetivo do estudo de fase 2 é comparar a ButanVac, na dose escolhida no estudo de fase 1, com uma vacina já aprovada e usada na prática como dose de reforço. E o objetivo da fase 3 é incluir uma grande população a fim de confirmar os resultados anteriores com uma vacina já aprovada e usada na prática”, explica o gestor médico de Desenvolvimento Clínico do Butantan, Érique de Miranda.
Recrutamento
Para viabilizar os estudos de fase 2/3, o Butantan pretende recrutar até 400 voluntários. Atualmente, o estudo tem 70 participantes incluídos em dois centros de pesquisa localizados em Valinhos e São Caetano do Sul, ambos no Estado de São Paulo. Em breve, mais quatro centros serão incluídos: Rio de Janeiro (capital), Volta Redonda (RJ), Brasília (DF), Serrana (SP) e no Recife (PE).
As inscrições devem ser feitas nos próprios centros participantes. Clique aqui e veja quais são eles.
Saiba mais sobre a ButanVac
A ButanVac é desenvolvida a partir da inoculação de um vírus modificado da doença de Newcastle, que contém a proteína Spike do SARS-CoV-2 estabilizada. Como este vírus infecta aves e é inofensivo em humanos, ele replica muito bem em ovos embrionados de galinhas – mesma tecnologia da vacina contra a influenza (gripe).
Além de ser barata e muito disseminada, essa técnica é uma especialidade do Butantan: o Instituto produz anualmente 80 milhões de vacinas da gripe usando ovos.
Fonte: I. Butantan