febre

A Associação de Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) emitiu uma nota de alerta sobre o desmonte da pesquisa científica e epidemiológica que ocorre no estado de São Paulo após a confirmação das mortes por febre maculosa do empresário e piloto de Fórmula C300 de Jundiaí (SP), Douglas Costa, e da namorada, Mariana Giordano, após terem sintomas de febre, dor e erupções vermelhas no corpo. O casal provavelmente foi contaminado em uma área rural de Campinas (SP). O Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, confirmou o diagnóstico de febre maculosa.

Os pesquisadores lembram que nos últimos anos (com os governos ligados à extrema direita) o Estado de São Paulo vem sofrendo um desmonte da estrutura de pesquisa científica, essencial para orientar ações de vigilância epidemiológica.  “A Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN), responsável pelos estudos nesta área, foi extinta em 2020, durante o governo de João Doria. A estrutura, composta por 14 laboratórios, sendo dois na Capital Paulista e 12 em diferentes regiões do Estado, está até hoje com operações comprometidas, afetando e até cancelando novas pesquisas”, alerta.

Os pesquisadores também ressaltam que “sem investimentos em ciência, a resposta a casos como este, de morte provocada por uma bactéria, fica comprometida e expõe a sociedade ao risco de novos casos e mortes. É urgente investir em Institutos de Públicos de Pesquisa, alguns há 20 anos sem concurso público, além de salários defasados em relação a outros Estados da Federação”.

Com informações da Carta Campinas

 

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