Apta Regional e Comevap realizam Dia de Campo voltado à produção leiteira no Vale do Paraíba

A Cooperativa de Laticínios do Médio Vale do Paraíba, em parceria com a Apta Regional – Unidade Regional de Pesquisa e Desenvolvimento (URPD-Pindamonhangaba), realizaram no dia 05 de abril, o 2.º Dia de Campo do projeto “Produção Leiteira do Vale Paraíba: Produtividade e Qualidade.” Segundo os organizadores foram mais de 400 produtores que participaram da atividade.

Duas palestras sobre os temas “Planejamento estratégico para produção de silagem de milho de alta qualidade” e “Estratégias de recuperação e reforma de pastagens para aumento da produtividade animal”, foram apresentadas aos presentes, respectivamente pelos pesquisadores científicos Ricardo Dias Signoretti (APTA Pindamonhangaba) e Flavia Gimenes (IZ).

Técnicos e produtores também tiveram a oportunidade de visitar o campo demonstrativo do projeto para conhecer áreas experimentais com as cultivares de milho Santa Helena 050pro4, Biomatrix3088pro4, LG 36700vip3, LG 36799vip3, KWS7510vip3, KWS9555vip3, Al Avaré (CATI) e AL Piratininga (CATI).

Além disso, um trailer do Laboratório Móvel, que faz parte do Centro de Pesquisa de Bovinocultura Leiteira – Laboratório de Referência da Qualidade do Instituto de Zootecnia (IZ), realizou diversas demonstrações de análise de amostras de leite no local para que os produtores pudessem conhecer o serviço prestado

Pesquisa – Conforme explicou o pesquisador da Apta Regional de Pindamonhangaba Sérgio Henrique Canello Schalch, o Vale do Paraíba possui grande tradição na produção de leite, mas o uso inadequado dos recursos naturais e a carência de novas tecnologias produtivas fizeram com que a produtividade e a qualidade da bacia leiteira regional fossem diminuindo com o tempo, tornando-a pouco competitiva.

Buscando reverter esse cenário, a Unidade implantou, em parceria com a Cooperativa de Laticínios do Médio Vale do Paraíba (Comevap), o projeto “Melhoria da produtividade e qualidade leiteira do Vale do Paraíba”, que realiza pesquisa voltada à otimização da produção de variedades de milho para silagem.

A silagem produzida é empregada, com base nos critérios científicos e de delineamento do experimento, em propriedades leiteiras dos cooperados que aderiram ao projeto, avaliadas a partir da melhoria na produtividade e qualidade na entrega do leite na cooperativa. Nesse ano foram colhidas 6.300 toneladas de silagem, com um aumento em torno de 23% em relação ao ano passado quando foram produzidas 5.100 toneladas.

Referência – “Nossa região é destaque na produção de leite e este projeto beneficia os produtores de leite cooperados da Comevap, na medida em que pode resultar em melhoria das dietas dos animais do rebanho leiteiro e consequentemente da produtividade e qualidade do leite e da rentabilidade do produtor. Vamos continuar as pesquisas para a melhoria dos cultivares de milho para silagem e repassar o resultado aos produtores, como já estamos fazendo”, disse Sérgio Schalch, na abertura do evento.

De acordo com o pesquisador, os híbridos para produção de silagem possuem características agronômicas especiais, como a menor participação de fibras e consequente melhor digestibilidade e a maior produção de grãos, componente que é responsável pela energia da silagem. “Quando o plantio dos híbridos é combinado com adequadas práticas de manejo (por meio de uma correta adubação, população de plantas etc) e com o processo de ensilagem, observando o período ideal de corte, tamanho das partículas, compactação, tempo de vedação, dentre outros aspectos, têm-se como resultado a produção de silagens de alta qualidade”, pontua.

Comevap – Segundo o presidente da Comevap, Aristeu Tranin, estão sendo utilizados 200 hectares de área pertencente ao Estado para o plantio de milho e para fornecer apoio aos pequenos produtores, que nem sempre têm equipamentos necessários para a produção de milho. “Agora eles passam a ter acesso a uma silagem de qualidade e podem melhorar seus índices de produtividade e qualidade do leite”, disse. “O evento cumpriu seu objetivo e saiu conforme havíamos planejado juntamente com a Apta, Universidade de Taubaté (Unitau) e a Cati Regional, que são nossos parceiros”, finalizou.

Fonte: Balde Branco