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Na busca por uma nova ferramenta de prevenção contra a Chikungunya, o Instituto Butantan submeteu, na última terça-feira (12), o pedido de registro da vacina desenvolvida em colaboração com a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Essa iniciativa acompanha um esforço conjunto com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), parte da Iniciativa OPEN (Opening Procedures at EMA to non-EU Authorities), para uma análise colaborativa.

Essa abordagem permite que múltiplos reguladores avaliem em conjunto a vacina, compartilhando informações e conhecimentos, ao mesmo tempo em que mantêm sua independência científica e processual.

A Chikungunya, infecção viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, atinge a corrente sanguínea e afeta as articulações, causando sintomas que incluem febre alta, dores intensas nas mãos, dedos, tornozelos e pulsos, além de dores de cabeça, musculares e manchas avermelhadas na pele. No Brasil, onde a doença é endêmica, foram registrados 174.517 casos prováveis somente em 2022.

Embora tenha havido uma redução de 45% (145,3 mil) nos casos notificados até dezembro de 2023 em comparação com o ano anterior, a Chikungunya continua representando um desafio de saúde pública, com 100 óbitos registrados somente este ano. A vacina, se aprovada, se tornará uma ferramenta adicional crucial para complementar as estratégias de combate ao mosquito transmissor.

Estados como Minas Gerais, Tocantins e Espírito Santo têm enfrentado altos índices de incidência da doença. A possível aprovação dessa vacina representará um avanço significativo na mitigação do impacto da Chikungunya, especialmente em regiões com alta transmissão e em populações mais vulneráveis.

Com informações do Vermelho

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