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A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou esta semana o programa “Mais Ciência na Amazônia”, com R$ 3,4 bilhões em investimentos de 2024 a 2026. Este é o maior volume de recursos já investidos na história da ciência na Amazônia.

O anúncio foi feito pela ministra no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA), na véspera da Cúpula da Amazônia, que começou na última terça-feira (8) com a participação do presidente Lula e demais chefes de Estado dos países amazônicos.

Segundo a ministra, os recursos serão investidos para recuperar e consolidar a infraestrutura de pesquisa; aperfeiçoar os sistemas de monitoramento da Amazônia; apoiar a inovação e o desenvolvimento de cadeias produtivas; ampliar a segurança alimentar; expandir a conectividade e promover a capacitação digital; atrair e fixar pesquisadores; e preservar os acervos.

“O MCTI quer contribuir ainda mais para a implementação de políticas públicas e investimentos que gerem resultados concretos para as populações que vivem na Amazônia. Nesse sentido, anunciamos no dia de hoje um robusto programa de investimentos em ciência, tecnologia e inovação para a região amazônica”, disse Luciana Santos.

Somente o Pró-Infra receberá R$ 700 milhões para equipar, ampliar e modernizar os laboratórios e infraestrutura de pesquisa de universidades e Institutos de Ciência e Tecnologia. “O Pró-Infra tem a perspectiva de resgatar a capacidade das nossas instituições de produzir ciência de qualidade e tecnologia de ponta que possam ajudar o País a crescer, a reduzir as assimetrias regionais e a gerar emprego e renda”, explicou.

Também serão destinados R$ 800 milhões para apoiar a inovação em áreas estratégicas para a reindustrialização em novas bases tecnológicas e sustentáveis e R$ 550 milhões no desenvolvimento de novos satélites de sensoriamento remoto para monitoramento da Amazônia, entre eles, o CBERS 6, cuja tecnologia SAR permite o monitoramento em qualquer condição climática, o que é fundamental para a Amazônia.

“Cito ainda o investimento de 500 milhões de reais no Pró-Amazônia – um programa que criamos para gerar conhecimento sobre a diversidade biológica e para o desenvolvimento de tecnologias e atividades econômicas inovadoras na perspectiva da exploração sustentável das riquezas naturais da região”, acrescentou a ministra.

Outros recursos serão destinados para a expansão e interiorização das infovias e para a capacitação digital em escolas e comunidades vulneráveis; para a repatriação de talentos; e para a digitalização e preservação de acervos.

“Por fim, vamos apoiar a agricultura familiar através de estímulos à comercialização e à inclusão socioprodutiva dos povos tradicionais. Nosso objetivo é desenvolver soluções para os gargalos científicos e tecnológicos, agregar valor aos produtos e gerar desenvolvimento e renda para as populações tradicionais”, finalizou.

“Este é um anúncio que os bancos não conseguem fazer porque são recursos não retornáveis. Aqui, a Finep e o MCTI anunciam recursos transversais para a ciência da Amazônia. São conjuntos de ações que o Ministério fará por meio da Finep e do FNDCT que não retornarão para os cofres públicos diretamente, mas vão retornar para o bem-estar social, desenvolvimento social e combate à fome”, afirmou o presidente da Finep, Celso Pansera.

“Esse anúncio do governo federal reforça o papel da ciência para o desenvolvimento do país. Este é um momento muito importante para todas as pessoas que fazem ciência na Amazônia e no Brasil”, acrescentou o reitor da Universidade Federal do Pará, Emmanuel Tourinho.

Com informações do MCTI

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