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Aconteceu em São Paulo, na última sexta-feira (14), a última Plenária de elaboração do Plano Plurianual Participativo (PPA). O evento, realizado no Memorial da América Latina, contou com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin e de vários ministros, além de membros da sociedade civil organizada – que puderam indicar ao Governo Federal prioridades para o País nos próximos quatro anos.

A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) foi representada pelos pesquisadores Frederico Arzolla e Glaucia Cortez. Eles falaram com os ministros sobre a preocupação da categoria com o processo de desmonte dos institutos públicos paulistas de pesquisa e aproveitaram a ocasião para entregar exemplares do livro “Diagnóstico da Desestruturação da Pesquisa Científica Ambiental e do Sistema de Áreas Protegidas no Estado de São Paulo”, lançado recentemente pela APqC.

“Ao contrário do que vinha ocorrendo nos últimos anos, a população foi incentivada a interagir com os representantes do governo e a entregar suas demandas”, diz Arzolla. Segundo ele, a conversa com Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, foi muito positiva. “No lançamento do livro, em junho, ela enviou um representante – e, portanto, estava ciente do nosso esforço para reverter o retrocesso na área da pesquisa e proteção ambiental em São Paulo”, afirma.

Glaucia Cortez acrescenta que Marina Silva elogiou a luta da APqC contra o desmonte dos institutos e diz que o diagnóstico traçado no livro é “fruto de um trabalho sério, de quem vive na pele os impactos da desestruturação da pesquisa ambiental”. Os pesquisadores também entregaram exemplares da obra para Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, e Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas do Brasil.

Sobre o livro

“Diagnóstico da Desestruturação da Pesquisa Científica Ambiental e do Sistema de Áreas Protegidas no Estado de São Paulo”, lançado em junho, apresenta um diagnóstico da atual situação das áreas protegidas de São Paulo e do sistema ambiental paulista, que vêm sofrendo com o descaso dos últimos governos estaduais – especialmente do governo anterior, responsável pela extinção do Instituto Florestal e fusão do Instituto de Botânica e do Instituto Geológico, todos da área ambiental.

“Nossa luta pela preservação ambiental será melhor compreendida após a leitura desse trabalho coletivo, em que contextualizamos a situação das unidades de conservação e áreas protegidas no Estado de São Paulo”, diz Helena Dutra Lutgens, vice-presidente da APqC e uma das autoras do livro.

“Quando falamos em extinção de órgãos centenários de pesquisa, estamos falando da perda de geração do conhecimento, da qualidade da informação em matéria ambiental, do histórico de respeitabilidade na produção científica e na conservação ambiental”, reforça Patricia Bianca Clissa, presidente da APqC.

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